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E assim o tempo passa sem ao menos eles perceberem.Chegando em Pesqueira, o carros os deixa no centro,em frente á catedral de Santa Àgueda.Daí eles partem em direção á lotação de Cimbres,que ficava algumas quadras dali,próximo á rodoviária local.

Ziguezagueando nas ruas,fazendo paradas estratégicas, a equipe do vidente chamava atenção por onde passava.Juntos,eles davam a entender que era um só corpo em busca da realização mútua.Além de estarem protegidos contra eventuais ataques.Que bandido se arriscaria a enfrentá-los?Mesmo desarmados,eles sabiam bem defender-se.

O tempo fica mais quente.Eles apressam o passo,encurtando a distância que ainda os separava do destino.Cada segundo era importante na vida daqueles que tinham pressa de vencer e serem felizes.

Foi assim que sem maiores contratempos, eles chegam na lotação.Eram exatamente 10:00 Hs e eles tem que esperar um pouco até completar os passageiros,os quais eram sete.Quando se completa,eles entram na lotação,uma van cor verde,com vidros laterais quebrados e iniciam a viagem.

Passam pelo centro,sobem pelo bairro caixa d’água e pegam uma estrada asfaltada mas precária.Enfrentando uma ladeira íngreme,pista estreita e curvas sinuosas,a van chega no topo da serra e pega a parte de planície.Isto gera um alívio em todos.

Agora faltava pouco.Os treze quilômetros restantes começam a ser percorridos diante duma pista quase sem movimento,por estarmos no início do ano de 2015,mês de janeiro.Num instante,nubla,nuvens escuras preenchem o céu,mas é só um alarme falso.A seca que durava já quase três anos prometia perpetuar-se por mais tempo,o que era uma lástima para todos.

Um pouco mais á frente,mais curvas e que são cumpridas com facilidade pelo motorista experiente chamado Toledo.Nada parecia agora amedrontá-los a não ser seus próprios medos internos.

Quinze minutos depois,eles concluem o trajeto e o carro os deixa no centro da vila,ás margens da praça e respectivamente em frente da Igreja de Nossa senhora das montanhas.Ao descer,eles pagam a passagem,despedem-se e começam a andar.Conseqüentemente,novas perspectivas surgiam.

A vila de Cimbres era um local histórico,um dos primeiros a serem descobertos pelos portugueses em suas andanças pelo interior do estado de Pernambuco.Não tinha se desenvolvido pelas dificuldades de locomoção imposta pela Serra mas já fora sede dum senado de Câmara cuja influencia estendia-se por todo o interior,por parte da Bahia,Paraíba e Alagoas.

Qual seria o motivo do vidente trazê-los ali?Um local que atualmente era área indígena,pertencente á nação xucuru, após longos anos de luta e sangue com os latifundiários locais.A resposta:Ninguém sabia.

O vidente segue pela rua principal da vila e seus amigos o acompanham sem perguntas.Fazem isso por respeito á ele e pela segurança que transmitia com suas palavras,carinho,tratamento e pelo seu aspecto.Parecia que aquele homem sabia o momento certo para cada coisa,ajustando-as perfeitamente.Nisto residia sua sabedoria,inteligência,dignidade,delicadeza e seu valor como filho de Deus.Algo realmente indiscutível.

Eles atravessam toda a vila e se aproximam do cemitério local.A cada passo dado,o filho de Deus mostra-se nervoso e irrequieto.O que ele pretendia?Seja o que fosse,era algo realmente importante para que tivesse dado o trabalho de chegar até ali,um local inóspito e assustador.

Eles chegam em frente ao local e como era dia,estava aberto a visitações.Adentram no recinto dos mortos,caminham entre as tumbas e param diante de uma delas.Neste instante,lágrimas teimosas escorrem pelo rosto do filho de Deus e todos se emocionam.Ele então entra em contato:

—Eu trouxe vocês aqui por um motivo:Para mostrar minha glória e minha humanidade.Antes de ser filho de Deus,eu sou um humano e como qualquer um carrego minhas dores e sofrimentos.Estamos diante da cova de meu pai,falecido quando eu tinha apenas quinze anos.Mesmo que ele tenha sido um pai distante,rígido,e ás vezes insensível, tenho que reconhecer que o mesmo era trabalhador,honesto e cumpridor de suas obrigações.Eu fui o único filho que ele permitiu estudar e através do meu esforço eu me considero um grande homem.Tenho absoluta certeza que ele viu meu sucesso e por isso não permitiu o meu trabalho como agricultor.Ainda bem!Que ele esteja em um bom lugar.(O filho de Deus)

—Ele está e por causa de sua ajuda.Suas súplicas insistentes e seu dia de voto amenizaram suas dores e sofrimento.Hoje ele está em paz.(Rafael)

—Javé Deus te ama muito e é capaz de tudo por você.(Completou Uriel)

—Sim,eu sei disso.O seu favor me acompanha sempre.(O filho de Deus)

—Eu também sofri,mestre.A separação daquele que considerava meu amor foi igual a uma morte.(Rafaela Ferreira)

—A minha maior dor foi a perda do meu filho.Fui obrigada pelas circunstâncias a retirá-lo.Mas não foi nada fácil.(Bernadete Sousa)

—E minha dor foi viver a perda da minha mãe e o fato de descobrir que meu pai era um crápula.Hoje minha família resume-se a Deus pai,a guardiã e a vocês.(Renato)

—Eu sei disso,meus irmãos!O que ofereço através do poder de Javé,meu pai,é a proteção,o alívio e a perspectiva de uma nova vida.Eu não ofereço uma utopia,eu sei que tem sofrimentos os quais nunca se esquece mesmo com o passar do tempo.(Aldivan)

—Então me toque,filho de Deus!Viaje na minha história-Pediu Bernadete Sousa.

O filho de Deus sorri e enxuga as lágrimas.Era o convite que esperava a fim de agir.Com um sinal,chama a apóstola,ela se coloca ao seu lado e encostando-se na lápide do seu pai,a toca próximo aos seus seios,uma segunda vez.A visão então surge instantaneamente na sua mente pura e sagrada:

“Bernadete retomou a sua vida normal em seu trabalho como funcionária pública municipal,em suas relações sociais e familiares.No entanto,em aproximadamente um mês começou a desconfiar que algo em seu organismo não estava bem:Suas regras menstruais atrasaram,ela começou a sentir-se indisposta e sempre estava com enjôos.Sua mãe,Com um pouco de experiência que tinha,desconfiou da gravidez e pediu para a filha para comprar um teste.Elas então escolheram um dia em que estavam livres de obrigações e foram á cidade comprar pois no povoado não havia farmácia.Chegando lá,pegaram o teste,resolveram outras coisas na cidade e mais tarde retornaram para casa.Em sua residência,Bernadete então entrou em seu quarto e seguindo as instruções,realizou o teste e ao final deu como resultado positivo.A jovem quase cai para trás!Em um misto de revolta e inconformidade,amaldiçoou o homem que a violentou por tê-la colocado em tão maus lençóis.E agora?O que faria de sua vida?.Após sair do quarto,contou tudo a mãe e mesmo inicialmente sendo compreensiva ela lhe pediu explicações.Cheia de medo,a jovem decidiu abrir-se e relatou o ocorrido.Em seguida,a reação dela não foi das melhores.Chamou-a de inconseqüente por ter dado ouvidos a um estranho e que agora ela era a vergonha da família.Concluiu dizendo que guardaria o segredo por um tempo e que a melhor solução para todos era o aborto.Em resposta,Bernadete esperneou mas a mãe não lhe deu ouvidos.Estava fora de cogitação aceitar a desonra de ter uma mãe solteira na família.Então o jeito para ela foi se render.

Um mês depois,o bebê foi retirado numa clínica particular.Um pouco antes disso,Bernadete saiu de casa e resolveu viver sua vida só.Agora ela procuraria respostas para sua dor sem fim.Será que teria direito a uma nova chance ou o perdão de Deus?”

Pelo pouco que conhecia de Aldivan,o filho de Deus,acreditava piamente que sim.Ela fora mais uma vítima das circunstâncias,do destino e dos estereótipos que davam sustento a uma falsa moral.Em nome dos bons costumes,os pobres,os negros,os homossexuais,os índios,as prostitutas,as mães solteiras e outras minorias eram desprezadas e pré julgadas até pelas pessoas mais próximas.Na verdade,o que todos eram queriam,mesmo os mais conservadores,era ter a coragem de se assumir e sair do armário e por isso preferiam criticar em vez de compreender as razões do outro.”

Ao fim do toque,Aldivan afasta-se e parecendo ler sua mente diz:

—Já passou,irmã,a minha e a sua dor!Voltemos á caminhada!

—Sim,mestre!(Bernadete Sousa)

Com um sinal,o vidente chama a todos, e juntos deixam o mórbido cemitério.Neste instante,sentem fome e então seguem novamente para o centro a fim de procurar um estabelecimento que servisse comida pronta.Com um auxílio de alguns locais,é indicado o local e com poucos passos eles o localizam.

Trata-se de uma pequena lanchonete,com entrada preenchida por algumas mesas e cadeiras.Como o movimento é pequeno,eles encontram uma mesa disponível e acomodam-se ao redor dela.Pegam o cardápio disposto em cima da mesma,o avaliam por um instante e de comum acordo fazem o pedido ao atendente:Cuscuz com galinha.Agora,só restava esperar.

Enquanto esperam que preparem o pedido,a conversa rola solta.

—O que estão achando da viagem,pessoal?Eu estou adorando.(O vidente)

—Está me fazendo muito bem sair do meu mundinho e respirar novos ares.A minha doença exige isso.Muito obrigado por me convidar,Aldivan!(Rafaela Ferreira)

—De nada,fofa!(O vidente)

—Quero agradecer também.A experiência com vocês está sendo ótima.(Bernadete Sousa)

—Não tem de quê!Nós que agradecemos sua presença.(O vidente)

—Estou aprendendo cada vez mais,parceiro.Logo estarei completamente iluminado por sua alma grandiosa.(Renato)

—Você também me ensina,Renato!Eu vejo em você o jovem que eu fui há tempos atrás.Acredite,eu vejo um futuro glorioso para você.(Aldivan)

—Tomara!(Renato)

—O ciclo está continuando inexoravelmente.Ao final,o desejo de muitos corações realizar-se-á.(Rafael)

 

—Neste caminho,enfrentaremos obstáculos,perdas,lutas internas,os laços do destino e nossa própria mente frágil.Mas se seguirmos o fio condutor certo,temos grandes probabilidades de sucesso.(Uriel Ikiriri)

—Eu acredito,amigos.Eu já passei por situações piores e venci.Juntos,temos a força do pai Javé,que é uma legião,e certamente temos condições de triunfo.Confiem em mim!(O filho de Deus)

Todos parecem concordar.A atendente chega com o pedido e todos começam a encher seus pratos.Imediatamente,começam a alimentar-se e então a conversa esfria um pouco.Com educação,concentram-se apenas nela.

Trinta minutos depois,terminam,pedem algo para beber,e engolem rapidamente.Com um sinal,eles levantam-se,pagam as despesas e saem da lanchonete.Já fora,nas ruas do centro,enquanto caminham,o vidente retoma a conversa.

—Eu acabei de ter uma idéia.Que tal se visitarmos o santuário de Nossa senhora das Graças,que fica no sítio guarda,próximo daqui?

—Por mim,tudo bem.O que acham,pessoal?(Renato)

—Irei aonde fores,meu amo e senhor.(Rafaela Ferreira)

—É como diz o ditado,se estamos na chuva é para se molhar.Vamos,sim!(Bernadete Sousa)

—Ótima idéia!Vamos,irmão?(Rafael)

—Sim.Está escrito!(Uriel)

—Muito bem.Vamos tentar localizar um carro para alugarmos.(O vidente)

E assim fazem.Conversando com alguns locais,eles tem a informação de um taxista da rua de detrás.Atravessam então a rua sentido sul,ultrapassam dez casa pela direita e então chegam em sua residência.Batendo duas vezes na porta principal,são atendidos pelo dito cujo que se mostra um pouco barrigudo,saliente e desengonçado,calçando um par de sandálias tipo praia,bermuda rasgada e sem camisa.

A se ver cercado de estranhos,ele então entra em contato:

—O que desejam,senhores?

—Soubemos que você é taxista.Poderia nos levar ao sítio guarda?(O vidente)

—Claro.Quanto estão dispostos a pagar?(O taxista)

—Cinqüenta pilas.Está bom para você?(O vidente)

—Está bom.Esperem só um momento.Vou tirar o carro.(Taxista)

—OK.(o vidente)

Caminhando em direção á garagem do lado,o taxista que se chamava klebson Barbosa,em poucos passos, conclui o trajeto.Na garagem,entrou em seu possante,uma van preta modelo 2015,deu a partida,parou na saída,fechou a garagem e chamou seus clientes.Um a um,foram entrando no automóvel e quando tudo estava pronto,iniciaram a viagem.

A distância até o santuário que era de aproximadamente três quilômetros seria rapidamente cumprida pois a velocidade desenvolvida pelo carro era grande.Num piscar de olhos,saem da vila,pegam a estrada de terra principal e seguindo sempre em frente na direção oeste eles chegam diante do santuário incrustado na serra.O carro então para ás margens do calçadão, eles descem e combinam que Klebson Barbosa ficaria os esperando pois a passagem seria rápida.Após,começam a subir a escadarias através do qual se acessava o topo.

Degrau a degrau,os visitantes vão subindo e a cada passo dado,uma emoção a mais.Foi aí que, no século passado, a virgem apareceu a duas inocentes crianças.Esta mesma senhora que aparecera por diversas vezes na vida do especial vidente.

Algo internamente lhe dizia que seria mais uma grande experiência a ser vivida num momento deveras importante.Estavam ali seis pessoas movidas pelos seus próprios anseios vivendo uma situação delicada.Tudo se resumia na esperança prometida pelo filho de Deus e isso faz com que eles avancem ainda mais.Concluem um quarto,a metade e já se aproximam do fim do trajeto.

Um tempo depois,eles finalmente completam a subida e se acomodam diante do santuário.Enquanto uns rezam,outros admiram a beleza da serra.Emocionado,o vidente entra em contato:

—Meus irmãos,estamos em um local sagrado.Aqui reside as graças de Maria,mãe de Jesus.Através desta bem aventurada mulher,posso dizer que fiquei curado e abençoado por Deus.Maria é exemplo de coragem,garra e fé para os cristãos e todas as denominações.Que bom tê-la como amiga,Maria.(O vidente)

—Como é Maria?(Renato)

—Uma ternura de pessoa.Compreensiva,educada e respeitadora.Além disso,bastante humilde apesar de sua grandeza.(O vidente)

—Que massa!Queria também conhecê-la.(Renato)

—Eu também.(Renata Ferreira)

—Idem.(Bernadete Sousa)

—Vocês a conhecem,irmãos.Maria está presente em cada mulher simples e sofredora desse imenso nordeste através do fenômeno da comunhão.(Aldivan)

—Isto mesmo.A cada boa ação,ela se acha mais presente na vida particular das mulheres.(Rafael)

—Apesar de não ser uma Deusa,ela é um exemplo de conduta para todos.(Completou Uriel)

O vidente abaixa a cabeça e pronuncia uma oração particular.Um instante depois,estica o braço e toca na imagem colocada na gruta da montanha.Tem então uma leve visão particular.Após,retira o braço e retoma o contato com os amigos:

—Quão grande é Deus,nosso pai!Eleva o humilde,o pobre e o discriminado.Ele prefere buscar o pecador pois são aqueles que precisam de socorro.Em nosso reino,não haverá dor,sofrimento,injustiças ou qualquer desigualdade.Todos adorarão o pai e os filhos no monte Sião.(O filho de Deus)

—Amém!(Bernadete Sousa)

—Glória!(Uriel)

—O que faremos agora,mestre?(Rafaela Ferreira)

—Voltemos ao povoado.O tempo urge.(Aldivan)

—Ok.(Renato)

—Vamos!(Rafael)

Os integrantes do grupo começam a descer as escadarias do santuário.No momento atual,o clima é de paz e tranqüilidade apesar de toda a expectativa envolvida na aventura.O que os esperava?Alcançariam o objetivo final?As respostas só seriam encontradas no decorrer dos acontecimentos e era algo para não se preocupar agora.Como Jesus ensinou,a cada dia sua preocupação respectiva.O que tiver de ser,será.

No caminho,aproveitam para se encantar com a beleza do local,uma Europa desconhecida localizada no interior do nordeste Brasileiro.Com seus cactos,pedras,serras íngremes,vegetação rala típica da caatinga,espinhos,e seu povo simpático formavam uma união de elementos única,digna de admiração.Um pouco do Brasil,o qual é gigante pela própria natureza.

Ao final das escadarias,descansam um pouco.Quando estão prontos,um a um vão entrando no automóvel que se encontra estacionado ao lado.Com todos dentro,é dada a partida sendo que o automóvel desenvolve novamente uma boa velocidade.

Ultrapassando locais já conhecidos,dentre serras,árvores á beira da estrada e com pessoas e automóveis transitando,eles chegam em paz no povoado.Como já eram quase duas horas da tarde,eles falam com o taxista e o contratam para levá-los até a Pesqueira,onde pernoitariam.

Assim,saem do povoado,pegam a estrada asfaltada e começam a descer a perigosa serra.Enquanto Klebson esforça-se para acompanhar a sinuosidade da estrada,os passageiros do carro tentam entreter-se da melhor forma possível,entre conversas,escuta de música,leitura de livros e até no silêncio aprendiam.O grupo formado por duas mulheres,dois anjos e dois homens ,já tinha entrosamento e intimidade suficientes para entender um ao outro apesar de cada um ser um mundo específico.

Um dos objetivos,a comunhão,estava caminhando muito bem,fruto dos esforços e da dedicação deles.Restava continuar a viagem,encontrar novas pessoas carentes de ajuda e transformar suas vidas.Como o vidente ensinava,tudo era possível para aqueles que crêem em Deus e ninguém era um caso perdido,bastava acreditar em seu nome,no do seu pai,e as trevas do entendimento seriam iluminadas pela sua luz grandiosa.

Tudo se encaminhava para a solução de idéias.Avançando numa boa velocidade,eles vão cumprindo as etapas físicas uma a uma ,passando por pontos específicos.A dificuldade imposta por uma pista estreita e por uma eventual surpresa no caminho,é recompensada pela fé e dedicação á causa por parte de todos.Estavam de parabéns.

Exatamente vinte minutos depois da saída da vila histórica,já se encontram no monte do Ororubá,de onde se avista a aglomeração de casas de Pesqueira.Pesqueira,terra amada,cidade da renda,da indústria e da graça,a qual abençoa seus filhos.Junto com Arcoverde,eram as casas preferidas pelo filho de Deus,pois era onde tudo tinha começado.

Agora faltava pouco para chegar na sede e este últimos minutos são decisivos na vida de todos.Eles puxam conversa com o motorista,num tom de despedida.Klebson Barbosa já marcara a vida de todos embora seu papel seja subalterno.Isto acontecia porque o filho de Deus e seus amigos não faziam diferenciação entre as pessoas.Assim como Javé,estavam abertos a fazer amizade e aceitar qualquer um.

Foi assim que num misto de harmonia e cumplicidade,eles chegam ao centro da sede municipal.Gentil,Kleber Barbosa os deixa na porta da pousada,eles despedem-se,pagam o frete,e finalmente descem do carro.

Carregando suas próprias malas,vão adentrando no estabelecimento,fazem uma fila na recepção e após o cadastro,dirigem-se aos quartos.Na pousada raio de sol,descansariam o restante da tarde e combinam de encontrar-se á noite.Isto era extremamente necessário pois o cansaço tornara-se percebível em seus corpos e mentes frágeis.Até a noite.

A tarde passa rápido.Próximo das 18:00Hs,eles acordam quase simultaneamente e um a um dirigem-se á copa do estabelecimento.Com poucos passos,eles encontram-se lá,entram na fila do autosserviço,vão enchendo os pratos e quando está tudo pronto,procuram um local tranqüilo para sentar-se e degustar a comida.Como o movimento estava fraco,conseguem o local perfeito na segunda mesa do lado direito.

Começam a alimentar-se.No intervalo entre uma colherada e outra,interagem entre si,aumentando a empatia entre eles.Naquele exato momento,viviam um divisor de águas,onde tudo estava indefinido ainda.Utilizando os elementos certos,era bem provável que chegassem uma solução definitiva para todos.Contudo,ainda havia um longo caminho a trilhar.

Ao final de vinte e cinco minutos,concluem o jantar e juntos dirigem-se á sala de entrada da pousada.Chegando no local,brincam,assistem TV,escutam música,soltam puns e fazem amizade com outros hóspedes.Nestes exercícios,passam cerca de quatro horas.Mais tarde,despedem-se e dirigem-se aos seus quartos respectivos onde tentariam dormir.No próximo dia,outras novidades prometiam surgir.Continuem acompanhando,leitores.