A Noite Em Que Chicago Morreu - Um Romance Da Justice Security

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"Então, quem é a vítima desta vez, Masterson?", Perguntou Sam.

Masterson levou-nos até à vítima, que aparentava ter 50 anos, com cabelo sal e pimenta. Ele tinha sido amarrado a uma cadeira de cozinha, nu. Era óbvio que tinha sido torturado antes de ser morto. Havia várias rasuras de facadas, calculadas para sangrar e ferir e uma garrafa vazia de álcool etílico no chão ao lado da cadeira. Parecia que lhe tinham derramado o álcool sobre as feridas, mas o M.L. teria de o verificar. O cabo de um candeeiro estava também ao lado cadeira. Ainda estava ligado à tomada de corrente e o isolamento de plástico tinha sido retirado da outra extremidade, expondo os fios de cobre no interior. Havia algumas marcas no corpo que mostravam que tinham eletrificado a vítima, incluindo os testículos. Tinham-lhe enfiado um pano pela boca abaixo e usado fita adesiva para a manterem fechada. Mas a causa da morte era provavelmente os três pequenos buracos de bala no peito da vítima, possivelmente através do coração, e organizados em triângulo.

"O nome da vítima era William Joseph Smith, também conhecido como 'Tinker'. A certa altura, era reparador de relógios - mexia com velhos relógios antigos, e foi assim que ganhou a alcunha." Disse Masterson. "Nos últimos anos, era um fornecedor de categoria baixa."

Troquei um olhar com o Sam. Era ali que tínhamos ouvido o nome do Tinker.

"Alguma ideia de quem o fornecia?" Perguntei-lhe.

Masterson abanou a cabeça. "Não, ainda não chegámos tão longe." Apontou para o álcool e o candeeiro. "Mas aposto cinco dólares que quem lhe fez isto sabe. Tenho dois agentes a baterem às portas, a perguntar aos vizinhos se ouviram ou viram alguma coisa, mas as hipóteses são escassas."

"Temos uma descrição do atirador", disse eu. "Temos testemunhas." Dissemos ao Masterson o que tínhamos descoberto no último tiroteio. Quando disse o nome "Esteban Fernandez", Masterson assobiou.

"Porquê o assobio?" Perguntei-lhe. "Esse nome é familiar, mas não consigo lembra-me de onde."

"Temos sarilhos, Tenente", disse Masterson. "Fernández tem o posto de General no México, mas é também o maior chefe de cartel de drogas nesse país. Deixe-me dizer-lhe o que ele fez numa cidade do sul...."

Masterson contou-nos o que Fernandez tinha feito. Quando ele chegou à parte sobre o combate de boxe e a arena, estalei os dedos. "O John disse qualquer coisa sobre isso há uns meses! Parece que um dos lutadores tinha tentado atrasar a luta para que a bomba pudesse ser encontrada e desactivada! " Masterson acenou, e contou-nos mais. Comecei a ficar com arrepios na espinha.

Masterson começou a contar os pontos com os dedos. "Primeiro, temos um líder mexicano do cartel da droga em Chicago. Segundo, é violento. Três, é louco, o que o torna muito imprevisível. E, quatro, é federal."

Os polícias são muito territoriais sobre a jurisdição, e quando ouvi "Federal", encolhi-me interiormente..., mas com uma ponta de alívio. "O que quer dizer com "Federal"? Perguntei-lhe.

"Os Narcóticos receberam um boletim do FBI", respondeu Masterson. "Dizia que se alguma vez fossemos informados de que este Fernandez aparecia na nossa cidade, deveríamos notificá-los imediatamente. Acho que foi enviado para todo o país."

"Então vamos passar a mensagem ao Capitão Baker, e deixá-lo notificar o FBI" disse eu. "É menos uma coisa para nos preocuparmos."




Capítulo 3


A Justice Security, Incorp., tinha o seu próprio edifício numa rua arborizada na melhor parte da cidade. O edifício de seis andares ocupava grande parte de um quarteirão, com áreas de estacionamento para visitantes, e uma área verde ajardinada no lado sul. O edifício em si tinha sido construído com paredes de betão armado de 1 metro de largura. Cada janela com vidro duplo à prova de bala, incluindo a porta de entrada para visitantes. O edifício ainda se estendia por mais seis andares subterrâneos. Os três andares subterrâneos inferiores eram usados como área de armazenamento de veículos, e alojavam vários veículos, blindados e à prova de balas, que eram utilizados como equipamento de proteção para o transporte e defesa de funcionários ou clientes. O nível seguinte era o arsenal. Todos os tipos de armas eram armazenados no arsenal climatizado, desde revólveres e pistolas automáticas, a morteiros, a mísseis e lançadores terra-ar, e várias armas perfurantes. Armas e munições suficientes para derrubar o governo de um pequeno país, caso fossem contratados para tal coisa...e tinham-no feito, duas vezes, há anos atras, ao abrigo de um contrato governamental ultrassecreto. O andar acima do arsenal era o arquivo de registos. Este piso continha os ficheiros de papel, computadores, armazenamento de dados e áreas de pesquisa necessárias para executar e completar contratos com clientes. O nível subterrâneo final era a garagem para estacionamento de funcionários, e tinha acesso por uma entrada do piso térreo contida por uma porta de aço grossa e pesada embutida nas paredes de concreto do edifício.

Ao nível do chão, o primeiro andar continha a área de receção, o refeitório, a segurança do edifício, as instalações médicas e a sala de visitas. O segundo e terceiro andares eram ocupados por escritórios de funcionários, salas de conferências, salas de reuniões mais pequenas e serviços clericais, juntamente com o ginásio dos funcionários. O quarto andar albergava escritórios executivos e a sala de reuniões. O quinto andar era para alojamento de hóspedes, e o último andar continha apartamentos residenciais para as pessoas de nível superior na empresa. O telhado do edifício tinha uma plataforma para helicópteros, possuía dois helicópteros de operações especiais reforçados, equipados com blindagem e sempre prontos para voar a qualquer momento. A empresa também possuía dois jatos privados e dois grandes aviões de carga, que estavam alojados num aeródromo privado ao sul da cidade.

A Justice Security tinha sido formada uns anos antes por quatro amigos universitários, que continuaram a ser os diretores e os únicos acionistas da empresa.

Joey Justice, de quem o nome da empresa derivava, era um homem indistinto. Com 1,78m, tinha cabelo escuro e olhos castanhos intensos que normalmente não perdiam nada. Fundou a empresa com a premissa de fornecer serviços de segurança aliados à justiça, como o seu nome implicava. Estava totalmente apaixonado pela mulher da sua vida, a qual era também uma das cofundadoras da empresa.

Misty Wilhite, o amor da vida de Joey, tinha 1,54m. Tinha o cabelo castanho-avermelhado, a cair-lhe pelos ombros, e olhos verdes. Era extremamente atraente, mas tinha um murro que podia derrubar uma pessoa com o dobro do seu tamanho. Ela também adorava o Joey, e partilhava a sua crença em segurança e justiça. Ainda não se tinham casado, mas tinham acabado de ficar noivos.

O Dexter Beck era o técnico residente especialista em computadores. Com um centímetro a mais que Misty, Dexter era consistentemente subestimado por antagonistas. A compreensão geralmente seguia-se, porque Dexter era também um mestre de artes marciais, usando vários métodos de autodefesa. A segurança e sistemas de computadores utilizados pela Justice Security tinham sido criados, programados e mantidos pelo Dexter.

Percival "Rei Louie" Washington era o quarto membro fundador da Justice Security. Louie tinha 1,93m, e tinha um físico muscular muito imponente. Era também muito inteligente e astuto nas ruas. A pele da cor de uma barra de chocolate e mantinha a cabeça rapada. Os outros três membros fundadores tinham-lhe posto a alcunha de "Rei Louie" no primeiro ano de faculdade por causa da infeliz semelhança facial com o personagem dos desenhos animados no filme Livro da Selva. Não era racial, e Louie sabia-o... Teria sido o mesmo se tivesse tido um nariz grande; tê-lo-iam chamado "Baloo". Além disso, qualquer coisa era melhor do que o seu nome próprio Percy.

Adições recentes à sociedade incluíam Jessica Queen, a antiga secretária executiva dos quatro sócios. A sua substituição imediata como secretária executiva, Patti Hoehn, tinha sido torturada, morta e mutilada por Esteban Fernandez, que a tinha apanhado na rua a tirar fotografias durante o primeiro encontro da empresa com ele. O substituto de Patti, Turk Wendell, era um homem enorme e tosco, que era surpreendentemente apto no exercício das funções de secretariado.

Outra adição aos sócios tinha sido a mão direita de Dexter Beck, Megan Fisk Beck. Tinha liderado uma tentativa de ataque preventivo a Fernandez, e tinha ficado ferida no processo. Ela e o Dexter tinham desparecido depois disso e eram agora felizes recém-casados.

Todas as manhãs, às nove, os sócios reuniam-se na sala de reuniões para discutir os acontecimentos atuais e futuros. Desta forma, mantinham-se informados de todos os negócios da empresa, no caso de alguém ter de intervir e assumir rapidamente o comando.

 

Esta manhã, logo após o toque estridente do despertador às sete, o telemóvel privado do Joey tocou. Esfregou os olhos, olhou para o ecrã, e atendeu.

"Marcus Moore, tu nunca dormes?" Disse Joey ao telefone. Misty mexeu-se ao seu lado, e virou-se para olhar para o Joey. O sono ainda se via nos olhos dela.

Marcus Moore era o elo do FBI com a Justice Security. Marcus tinha tido um papel determinante para conseguir o contrato secreto da Justice Security com o Governo dos Estados Unidos, garantindo uma boa maquia, mais despesas pagas, para a empresa de segurança..., mas, para obterem esse dinheiro, tinham de apanhar Esteban Fernandez. O contrato especificava que tudo seria feito sem qualquer conhecimento oficial do governo, claro, e sem a ajuda oficial de qualquer agência governamental. O dinheiro para despesas seria canalizado pelo Marcus.

A Justice Security tinha recebido este contrato por causa dos acontecimentos no clube nocturno Wham! Tinha sido secretamente propriedade de Fernandez, e, na realidade, uma armadilha destinada a capturar o Joey e a Misty. A armadilha tinha funcionado, mas só tinha apanhado o Joey e quatro "soldados" no interior. O Joey tinha encontrado um esconderijo e tinha-se escondido até que os sócios lá fora tinham encontrado uma maneira de entrar. Um soldado e várias dezenas de pessoas inocentes tinham morrido durante a fuga, dentro e fora. Só a ação rápida de Tony Armstrong, Patty Ferguson e Brandon King, com a ajuda da repórter de notícias do Canal 7, Miriam Apple, e do seu operador de câmara, Steve, tinha prevenido o massacre de muitas outras pessoas dentro do clube.

Ao mesmo tempo que a armadilha no clube era lançada, o edifício quase deserto da Justice Security tinha sido penetrado por um assassino disfarçado que trabalhava para Fernandez. Esta agente namorava com o Louie, e ninguém suspeitava de nada. Ela tinha dizimado todos os que tinham ficado no edifício fechado. Só a Jéssica tinha sobrevivido, juntamente com o Mark Haase, o secretário "básico" do turno da noite.

Depois dessa catástrofe, certas pessoas poderosas dentro do governo tinham decidido que estava na altura de contratar alguém para parar o general mexicano louco... Alguém que poderia mover-se rapidamente, tanto dentro dos EUA como em outros países.

Marcus tinha sido promovido a Chefe de Secção do FBI, e era agora chefe do escritório-satélite da cidade. Tinha também outros deveres, incluindo "ajudar não-oficialmente" a Justice Security, quando e se necessário. Ele também tinha poderes para os delegar como agentes temporários de campo, se achasse que essa delegação aceleraria qualquer investigação.

"Bom dia, raio de sol!" Marcus vociferou. "Pelo menos esperei até o alarme tocar antes de te ligar."

Joey virou-se para perscrutar os olhos de Misty e respondeu. "Até conseguiste perturbar a senhora a dormir aqui ao meu lado. "Inclinou-se e beijou-a. Enquanto ele se recostava na almofada, ela sorriu-lhe e murmurou: "Amo-te".

Joey mimicou-lhe o mesmo silenciosamente.

"Aposto em como ela é ainda mais bonita quando acorda" disse Marcus. "Eu acordei rodeado de gente que quase me fizeram transformar em coiote, quase que tive de roer o meu braço, para não os acordar ao retirá-lo.”

Joey soltou uma gargalhada, enquanto se sentava na beira da cama. Misty saltitou nua pelo quarto, em direção à casa de banho para escovar os dentes e correr o chuveiro.

"Ok, Marcus, porquê a chamada a esta hora?

"Só queria que soubesses que vou à vossa reunião desta manhã."

Joey bocejou amplamente. "Porquê? O que se passa?"

"Antes de te responder, vão lá estar todos?

"

"Sabes bem que sim."

"Quero dizer, pessoalmente... Não electronicamente.”

"Não, a Jessica está em Los Angeles, a alisar as penas de uma atriz paranoica vencedora de um Óscar."

"Raios! E a ligação é segura?”

"Que nível de segurança precisas, Marcus?"

"O mais seguro possível, Joey. O que tenho para vocês é altamente secreto."

***


"BATE-ME, MEGAN", DISSE Dexter.

"Não".

"Vamos, bate-me!"

"Não!"

"Porquê?"

Megan Fisk Beck virou-se para olhar para o marido. "Já joguei este jogo contigo demasiadas vezes, Dexter Beck! Sabes bem que não sou suficientemente rápida para te bater.”

"Oh, querida, por favor? Pode ser hoje o dia. Não sabes se não tentares."

Quase mais rápida do que o olho humano podia seguir, Megan fintou-o com um gancho direito. O Dexter desviou-se para a esquerda para a evitar e quase que foi apanhado pelo soco em gancho da Megan.

"Uau!", Disse Dexter surpreso.

Megan sorriu.

"OK, tens andado a praticar, não tens? Quase que me acertaste!"

Megan tornou a sorrir.

Dexter abanou a cabeça. "Aquele maldito Louie! Ele tem andado a ajudar-te!"

O sorriso da Megan abriu-se ainda mais. "Vamos, está quase na hora da reunião."

"É isso, não é? O meu melhor amigo tem andado a ensinar-te o que lhe ensinei!"

Megan continuou a sorrir, sem uma palavra, até à sala de reuniões.

***


O PERCIVAL "REI LOUIE" Washington foi o último a chegar à reunião matinal. Tinha dormido mal toda a noite, isto é, se realmente tinha dormido. Ele continuava a ter pesadelos com os últimos momentos da Donna, e de cada vez, a faca que ela tinha bramido para o esfaquear ia-lhe direita ao peito, em vez do braço. Acordava, sempre que tinha o pesadelo, com o suor a escorrer-lhe...e sufocava o grito que queria escapar-lhe dos lábios.

Louie culpava-se por não ter visto através do disfarce da Donna, e culpava-se por todas as pessoas que ela tinha matado dentro do edifício da Justice Security. Mas como poderia saber que uma supermodelo brilhante era na realidade uma assassina bem treinada ao soldo de Fernandez?

Louie tinha falado várias vezes com o Dr. Caleb Mitchell, o psiquiatra da Justice Security. Caleb tinha dito muitas vezes que Louie não devia sentir-se culpado e que teria de aprender a perdoar-se... Que Donna tinha enganado um monte de pessoas. Ninguém fazia ideia que tinha sido recrutada por Fernandez, e o disfarce dela era incrível.

Treino profundo, disfarce incrível... Não significava nada para ele, quando, tarde da noite, ele tentava dormir. Os rostos daqueles que a Donna tinha matado desfilavam pela sua mente, afastando-lhe o sono...a culpa parecia intransponível. Então, quando o sono finalmente chegava, os pesadelos apareciam...e acordavam-no outra vez.

Quando o Louie chegou finalmente à sala de reuniões, nuvens pesadas pairavam-lhe sobre a cara.

O Louie Washington estava de mau humor.

Dirigiu-se à mesa cheia de bolos e outros itens do pequeno-almoço, encheu um prato, e serviu-se de uma grande chávena de café. Satisfeito, caminhou para a grande mesa-redonda e sentou-se. Sem reparar que o Marcus também estava sentado à mesa.

"Bom dia, Louie", disse Misty gentilmente.

"Dia'", respondeu, falando com a boca cheia de donut.

"Olá, Louie", cumprimentou o Marcus.

Louie deu outra dentada antes de perceber que tinha sido Marcus a falar. Olhou para cima, de olhos arregalados, e disse: "Que raios estão tu aqui a fazer?"

"Vejo que a tua hospitalidade está a aguentar-se muito bem, Louie", disse uma voz de um dos ecrãs da sala.”

Louie olhou para o ecrã. A Jessica Queen olhava para ele de sobrolho franzido. Baixou o donut, abanando a cabeça enquanto o fazia. "Desculpa, Marcus. Não tenho dormido bem ultimamente."

Marcus acenou com a cabeça. "Compreendido, grandalhão. Também não tenho andado a dormir como devia. Não, desde o clube."

"Marcus, acho que todos nós temos o mesmo problema ", disse a Jessica.

"Jessica, como está a nossa cliente aí desse lado?", Perguntou o Joey.

"A curar a ressaca." O asco escorria das palavras da Jessica. "Chamei-lhe uma prostituta inútil, mimada e bêbada ontem à noite. Tentou chorar e depois bebeu da garrafa de uísque que tinha na mão. Desmaiou antes de ser capaz de engolir." A Jéssica estava mesmo chateada. Quando ficava assim, não conseguia esconder o ligeiro sotaque australiano... Um remanescente do país de origem do pai. Jéssica era o resultado de um pai australiano e de uma mãe californiana. "Começo a perguntar-me se vale a pena perder tempo com este trabalho."

O Marcus perguntou: "Não tens medo que ela te demita esta manhã?"

A Jéssica abanou a cabeça. "Aposto em como ela não se vai lembrar de uma palavra."

O Joey riu-se. "Lembra-te, Jess, a cota dela do próximo filme de sucesso está a pagar-te para isso."

"Ora, que inferno dum raio!"

Todos, exceto o Louie, se riram.

O Joey virou-se para o Marcus. "Ok, Marcus, a transmissão da Jéssica está seguro. Qual é a grande novidade?”

O Marcus respirou fundo. "Querem ter outra oportunidade de apanhar o Fernandez?"

O Louie bateu com ambas as mãos na mesa. Deram todos um salto.

"Podes ter a certeza de que quero outra oportunidade com o Fernandez!" Declarou Louie em voz alta. Levantou as mãos enormes para que todos vissem. "Queres saber o que vai acontecer a esse idiota se eu o agarrar com estas mãos?" Ninguém disse nada. "Vou desmembrá-lo, pedaço por pedaço!"

O Joey acenou com a cabeça de forma sardónica. "Marcus, acho que nesta situação partilhamos todo o entusiasmo do Percy."

"Ele não está na cidade, ou está?", Perguntou o Dexter.

O Marcus sacudiu a cabeça. "Não. Fomos informados que está em Chicago."

“Chicago?" Gritou a Jéssica incrédula. "O que é que ele está a fazer em Chicago?"

"Pois", acrescentou a Megan. "Pensei que nos queria a nós. De quem é que ele anda à procura em Chicago?"

"Não de quem, mas do quê”, respondeu o Marcus. "Três traficantes e o fornecedor deles foram encontrados mortos ontem à noite. Todos baleados três vezes no coração e o fornecedor foi torturado dentro do apartamento dele antes de ser baleado."

"Como é que ligaste isso ao Fernández?", Perguntou o Joey.

O Marcus sorriu. "O Fernandez estragou tudo. Houve testemunhas que ouviram o seu nome. O Marcus fez uma pausa. "O Felix Juarez também está com ele."

"O Fernandez não caga sem o Felix lá para lhe limpar o rabo", comentou o Dexter.

Gargalhada geral.

"Como é que descobriste isso, Marcus?", Perguntou a Misty.

O Marcus consultou as anotações. "Através de um detective dos Narcóticos... Um... Tory Masterson, detetive de primeira classe e um tenente dos Homicídios, Mickey Rooney."

Fitaram-se à volta da mesa.

"Tenho que perguntar", disse a Megan. "Eles sabem no que é que se meteram? "

O Marcus sorriu. "Acho que não."

O Joey disse: "E o que é que os fez ficar de sobreaviso?"

"Aparentemente, Rooney e o seu parceiro,” tornou a consultar as anotações, "... Sam Tanner, estavam de serviço e foram apanhados com os quatro homicídios. O Masterson estava no local do quarto assassinato, quando Rooney chegou. O Masterson trabalhava disfarçado com o número quatro, William Joseph Smith, ou seja, o Tinker, tentando descobrir quem é que o fornecia.”

"Subindo a escada, certo?", Perguntou o Dexter.

"Assim o parece", respondeu Marcus. "O Masterson lembrou-se que o Fernandez era federal e um tal Capitão Baker notificou o escritório do FBI em Chicago.

Eles notificaram-me."

"Marcus, este Rooney é bom? Ou Masterson? Ou Tanner? “Perguntou o Joey.

"Tanto quanto pude descobrir, são dos melhores na polícia de Chicago." Respondeu o Marcus.

O Joey recostou-se na cadeira. "Ok, perguntas... O que é o Fernandez anda a tramar?”

Sempre o pensador, o Dexter disse: "Parece que o Fernandez está a mudar-se para Chicago. Mas, para isso, tem de eliminar alguma concorrência."

O Joey assentiu. "Ou fazer a competição ter medo dele."

A Misty disse: "Isto pode desencadear uma guerra de gangs. Mesmo no meio de Chicago."

 

"Diz lá, Joey, achas que nos podemos infiltrar? E apanhar Fernández de surpresa?” Perguntou a Jéssica. "Ele não está à nossa espera em Chicago e isso pode dar-nos uma vantagem."

"É uma ótima ideia", disse o Joey.

Todos se voltaram para o Marcus. Ele tomou gradualmente conhecimento disso, e olhou para cada um deles.

"O quê?", Perguntou Marcus.

"Tens de vir connosco", disse o Joey.

"Porque raio é que havia de ir?", Perguntou o Marcus, confuso. "É o vosso contrato!"

O Joey apontou para o Marcus. "Mas tu és a nossa ligação governamental. És o nosso lubrificante, Marcus."

"Sim", disse o Louie. "Podes lubrificar as rodas em Chicago. Lubrifica-as, para que possamos deslizava lá para dentro.”

"Ai, meu Deus, Louie!", Disse a Jessica.

O Louie olhou à volta da mesa, com olhos arregalados muito inocentes. "O que é que eu disse?"

O Marcus olhou em redor, olhou para o seu bloco de notas, olhou para o teto, e abanou a cabeça. "OK, vou convosco", disse. "O que é que precisamos de fazer?"

"Vamos precisar de muito equipamento informático, para começar", disse o Dexter. Virou-se para a Megan. "Queres vir ajudar-me a organizá-lo?"

"Claro, querido", respondeu a Megan.

Enquanto o Dexter e a Megan se levantavam, o Joey disse: "Prepara-o, Dex, e manda-o para o aeroporto. Enviamos o equipamento e armas num dos aviões de carga."

Ao ecrã, a Jessica disse: "Joey, porque não mandas o Charlie Li para cá para me substituir? Assim que ele chegar, posso apanhar um voo do LAX para Chicago."

O Joey assentiu. "Soa-me bem, Jess. Vou mandá-lo num dos jatos, e podes apanhar esse jacto para Chicago. Voa em segurança e não te esqueças de informar a cliente sobre a mudança de pessoal.” Fez uma pausa. "Educadamente, por favor."

A Jéssica sorriu afectadamente. "Para de tentares arruinar a minha diversão, Joey. "E desligou a transmissão segura.

"Louie, podes tratar do armamento?", Perguntou o Joey.

"Claro", respondeu o Louie. "Do que é que achas que vamos precisar?"

"Deixo isso contigo, Louie. Imagina o pior cenário possível enquanto empacotas."

O Louie sorriu. Às vezes, assustava o Marcus. "Tenho esperado por vingança desde aquela confusão com a Donna. Vai ser divertido.” Saiu.

A Misty disse calmamente: "Ele ainda se sente culpado."

O Joey acenou com a cabeça. "A Jessica também."

"Ambos fizeram o melhor que puderam e o Louie não podia saber que a Donna era o que era", disse o Marcus.

"Sim, mas isso não impede a culpa, Marcus", disse o Joey.

"O que é que queres que eu faça, doçura?", Perguntou a Misty, de olhos amorosos.

O Marcus tossiu na mão.

O Joey perscrutou o rosto do Marcus e disse: "Escolhe cerca de dez soldados para levar connosco. Têm de ser os melhores e certifica-te que incluis o Brandon King, a Patty Ferguson e o Tony Armstrong. Escolhe os outros sete."

"E o Turk?"

"Vou deixá-lo aqui no comando ", disse o Joey.

"Ok". A Misty levantou-se, beijou o Joey na cabeça e saiu da sala.

"Então, o que precisas de mim... Doçura?” Perguntou o Marcus, de cara séria.

Devolvendo o olhar sério e levantando uma sobrancelha, o Joey respondeu: "Preciso que me beijes o cu, Marcus."

Desataram-se os dois a rir.

"Marcus, quero esses três polícias na equipa connosco. Eles conhecem a cidade, e nós não. Mas também precisamos que seja ultrassecreto."

O Marcus assentiu. "Isso pode ser feito. Vou manter o sigilo. Só o direi ao chefe do escritório de Chicago, ao prefeito, ao chefe da polícia e ao capitão da polícia."

"Ótimo. Gostaria de ter uma sala de conferências na esquadra que este Rooney chama de lar. Terás de explicar ao capitão. Eu trato de informar os três polícias."

"Ok. Achei que também devia dizer-te que tentei trazer o Nicholas Turner para isto. Pensei que podia ser de grande ajuda para nós, mas não pode deixar o que está a fazer agora. Ele anda a trabalhar num caso de custódia, e tem a nova esposa e família...Quero dizer, a nova esposa e filho."

O Joey olhou para o Marcus desconfiado. Por fim, disse: "Um destes dias, vamos falar sobre isso, tu e eu. Gostaria de saber o que é que há sobre Nicholas Turner que não estás a dizer.”

Marcus riu-se. "Joey, tenho a sensação de que vais descobrir um dia destes, mas a história não é minha, para contar. Como é que vamos para Chicago?"

"Levamos um dos jatos. Há-de levar-nos a todos em segurança. Partimos cerca das três. Além disso, vou enviar um dos helicópteros silenciosos para lá. Seria bom se pudéssemos aterrá-lo no telhado da esquadra. Será que vai aguentar?”

"Vou tentar saber. Encontramo-nos no aeroporto às três."

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